Alma solta e casa viva, infinitamente viva! Há muito o que ler, apreciar e aprender por estas janelas que se abrem por aqui! É bom ter uma casa assim, por perto! Sou grata por estar morando ao lado!
[imagem: via ruffledblog.com] _____ Provavelmente eu ainda esteja escrevendo quando o sol aparecer sobre o horizonte e soprar luz sobre nosso mar verde tão escuro que é quase sempre cinzento. Porque a noite me ameaça com desejos invencíveis de transpor meus limites que cantam madrugadas e acordam ainda sonhadores. E eu escrevo como se sangrasse uma eterna menarca. É quase certo que a lua me encontrará escrevendo quando ela surgir, majestosa, depois de dar um belo chute no sol para avisar que à noite é ela quem manda porque as estrelas lhe emprestam o brilho e um par de brincos novos, todas as noites. E eu escrevo como se bebesse o leite de minha mãe todas as manhãs antes de me dar conta de que ela passou a obrigação de me alimentar à poesia. Também estarei escrevendo quando o relógio de sol marcar a hora metade e o calor estiver tão abrasador que eu desejarei o deserto de palavras, em vão. Elas serão tempestade de areia a fustigar meus olhos e secarem meus láb...
Tenho escrito estórias e assim completando minha história, remanejando meus talentos, reconhecendo meus enganos. Sendo eu. Não por acaso - até por nele não creio - tenho vivido os dias de forma a não contar horas, mas a contar atos. Assim, sigo. Este seguir nada mais é do que a obrigação - o que me cabe neste mundo escola. Mas a palavra tem sido, de qualquer forma, a minha mais cara companheira. Por ela e com ela, perco e ganho noites e dias. Tudo faz sentido quando ela se apresenta e me toma de assalto, abraçando minha alma e meu corpo de modo a desenhar-se diante de meus olhos. Por isso, ouso dizer que não me importo com muito mais do que isso. Já fiz muito e hoje, se faço pouco para o mundo, estou certa de fazer mais para esta viagem a que me lanço apaziguada. Se de mais não sei, não me apresso. Sou os olhos a buscarem a leitura perfeita. E as mãos a desenharem uma caligrafia possível. No mais, caminho. E enquanto caminho, sou. ...
As janelas têm lembranças guardadas no que veem ao longo de anos de espreita e luz. Registre-se o que está gravado pelas estações que passam com a velocidade de uma máquina do tempo. A voracidade egoísta do rodar da vida. Alguém a passar. Alguém a chamar. Um sob uma árvore, a pensar. Mil vultos aqui e ali. Repentes doidos como cliques de câmeras a fotografar o derramar-se fatídico do senhor de brancas barbas e agitadas mãos, porém voz calma em graves tons. Janelas. Ali sangram memórias. Ali singram mares do tempo. A.Gil
Comentários
vive livre, sem amarras...
feito o cheiro de café.
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beijo minha irmã
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I+1®
bjux
;-)
sensível como ela só
emouma troca maravilhosa
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obrigada, anjo
beijo [aos dois]
Há muito o que ler, apreciar e aprender por estas janelas que se abrem por aqui!
É bom ter uma casa assim, por perto!
Sou grata por estar morando ao lado!
beijos, carinho!