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Mostrando postagens de abril, 2012

_eu, domingo

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Sempre achei os domingos difíceis, arrastados, lentos. Engraçado como a gente acaba se condicionando a uma ideia. Que besteira. Os domingos são dias como outros quaisquer. E mais um dia que a gente ganha para viver. Mas essa coisa toda de condicionamento explica e expõe muito de nós - do quanto nos minimizamos enquanto pretendemos nos engrandecer. Na verdade, somos tão pouco que acreditamos que um dia inteiro é menos que nós, que é menor que nossas vontades, nossos anseios. Ah. Um domingo são as inteiras vinte e quatro horas a serem escritas, dirigidas e trabalhadas, depois de ganhas, quando um relógio autômato dá lá suas doze badaladas e já é madrugada, e já é novo dia. Muita gente nasce e morre em um domingo - durante as vinte e quatro horas vive toda a sua vida aqui. Pelo menos aquela vida. Aquele trecho de um infinito caminhar. Mas faz, de um dia, de vinte e quatro horas, tudo o que tem. E faz bem. Cumpre seu dia, sua vida, com a dignidade de quem aprende o bê-a-bá da vida