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Mostrando postagens de setembro, 2010

_____outra vida

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... E lá estava eu, de novo, parada em frente ao grande relógio da estação de minhas letras. Marquei passagem para algumas horas antes do pôr-do-sol, porque sentia que precisava estar fora da cidade maldita de meus medos. Escolhi o destino usando o dedo e um mapa. Acertei em cheio  em uma ilha da polinésia da poesia, mas como não poderia chegar lá de trem, mergulhei na atitude sensata de embarcar para Minas e as vontades do Dirceu de Marília. Ah...o tempo...angustiado, fazia graça de si mesmo e eu brincava de roda em torno dele. Os ponteiros estavam inertes e eu cantava as canções que algum alaúde [mais antigo que a própria poesia de Dirceu] gritara séculos atrás. Não sei. Sempre que eu queria voltar à estação de minhas letras havia uma razão maior para tudo. Principalmente para me ver florida, vestida em fitas e rendas. Quando abria os olhos, o grande relógio engolira com avidez a minha poesia. E eu sorria. Só. ... _________imagem: s.tempo

____do que todos precisamos

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____o que estou pensando

No que existe, para que existe. Na finalidade de coisas banais. Na falta de consolo de pessoas -milhões delas- que se locomovem nesses feriados enormes que a gente tem por aqui [coisa bem nossa] ____ Sei lá. "tem gosto pra tudo",mas, quanto a mim, fico aqui com um tanto, um bom tanto, de sossego, com uma boa caminhada pela cidade sem tanto barulho, um papo ocasional, bons livros e filmes e...ah! a música... ___________ Viajar, em feriados prolongados, para mim, não dá. As pessoas ficam loucas. As pessoas ficam ainda mais estranhas. E eu...eu já tenho estranheza suficiente em mim e no 'entorno' [sic] _____________________ Mas...'pra tudo tem gosto'! Quanto a mim, fico por aqui. E escrevo algumas cartas 'desbocadas' para os nossos candidatos tão....tão... incansáveis em banalizar o que não nos dá descanso: gente! estamos no século 21 e....ah! pelo amor dos nossos xixizinhos! não temos saneamento básico suficiente!!!!!
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... [trecho de 'lembranças da menina poesia', uma tentativa minha] ... Ele não tocava mais clarinete. De olhos arregalados e rosto encovado, tudo o que conseguia ver eram as notas musicais perdidas pelo ar, sem que pudesse recuperá-las. Pestanejavam em volta dele feito borboletas escurecidas, enquanto ele tentava abocanhá-las ou agarrá-las com as mãos. Em vão. A música não voltaria. Tudo o que conseguiria seria um zunido persistente em seus ouvidos, logo depois de outra - a última - dose de heroína. Enquanto isso,as notas musicai borboleteariam rumo à esquina oposta. Quando Anna viu novamente o clarinete, ele jazia ao lado do músico que morrera 'ninguém', esquálido e de olhos arregalados, deitado sobre a grossa camada de poeira e parecendo assistir a alguma sinfonia, no teto manchado pela infiltração da chuva. Ela pensou em guardar para si o instrumento; afinal, quem daria por falta dele? Mas Anna apenas se deixou ficar ali,correndo os olhos do corpo do homem para o

_gota eu sou

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