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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

____estatística/vida

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imagem: via minhocanacabeca.com.br Pelas telas das tevês escorrem lágrimas de sangue.  Nos jornais, a tinta é vermelha e os números - inimagináveis- transformam crimes brutais e pessoas em mera estatística. E eu - um milhão de 'eus' - passo - passamos nós - . Os que preferem ser essa individualidade para a posse, o consumo, mas se distancia - sem rosto, sem alma - dos que, como ele, compõem números...números. O pensar matemático nos trouxe o imediatismo, o resultado exato e nos transformou - a nós e nossos pensamentos - em equações. E eis que a nossa capacidade de simplesmente nos colocarmos no lugar do outro - próximo ou distante - foi reduzida a mínimos comentários saídos da lingua de fogo da LÓGICA.   Assim, rotula-se antes mesmo de pesar uma ciscunstãncia, uma causa, um sentir.  O resultado - reação precisa ser rápido, tão célere quanto a fúria do pensamento que se habitua aos poucos a não admitir falhas - como se a vida fosse exata.  A partir disso, d

____nós, hoje

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[imagem: jessica durnt] ... A gente saliva um pouco, engole e segue adiante. Somos emudecidos por tantas carrancas deste tempo - o nosso, arrastado tempo em que se explode  por um piscar de olho mais ousado. E a gente se controla enquanto pode - porque pode ser que o outro nem possa mais. O susto das notícias é algo que mora em casa, abre a geladeira e lancha ao nosso lado, numa bancada usada como mesa, porque mal se tem tempo para comer ressoando  histórias em família. O ponto é este: afastamento. Nós nos afastamos - e começamos a fazer isso em casa. Nós nos perdemos uns dos outros. Já não sabemos [ou sabemos muito pouco] onde moramos e do que gostamos. Uma tevê conversa conosco - monólogo do absurdo e ansiedade subliminar. Ela ocupa o lugar da mãe, do pai, do filho, do marido, da mulher e do olhar carinhoso que seria tempo de dar sobre nós mesmos. Somos o risivel submundo do que criamos. E se já foi necessário acordar aguma vez, agor