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Mostrando postagens de abril, 2010

________dentro

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... Continuo olhando para mim e vendo adiante, como se o imenso espelho existisse apenas para além do agora. Prossigo e insisto,nada é mais real que os passos que são dados através do tempo - este que dissipa o manto de noites e dias crispados da cólera de viver. Explode o sonho e já sou o talvez. Algumas letras escapam e escrevem feito estrelas até que formem constelações dentro de um poema que não fui eu que escrevi. Permaneço. O amanhã já está bordado na toalha de mesa. E as canções já foram escritas pelo próprio som. ... A. _____________imagem: valentina

_____lições

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. E o que teria aprendido a cada dia, desses que se arrastam ou voam - já nem sei - entre mnhas apreensões e meus carinhos voltados à minha origem? Talvez eu tenha me angustiado inutilmente - talvez a angústia seja sempre inútil mesmo...talvez eu tenha expulsado de mim alguma dor que desmaiara anos atrás junto do meu leito. Posso ter aprendido a me desfazer do peso das palavras vazias, dos gestos bruscos e, até, das perguntas gastas. Talvez a dor que minha mãe me ensina a vencer tenha me ensinado o domínio sobre minha fraqueza extrema e até a vitória sobre os excessos. Lições que se tem todos os dias, num lugar como este têm um peso e um aproveitamento tão maior. Como quando a gente mistura lágrimas nossas às de outrem e percebe que ambas têm o mesmo gosto e sal. Do sal que tempera a vida e as almas. Por ser o aprendizao minha mais cara missão, habituei-me a amar o preço pago por cada lição. E aprendo sentindo que ainda nem comecei a aprender. Que, quanto mais me vem, mais necessita v

____palavras e sentimentos soltos

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. Faço orações, escrevo estórias, conto a minha história...eu me divido e me alinho em elos, sou partes várias entrelaçadas e sentimentos que formam círculos de mim. Penso, caminho, olho pela janela. Solidão não me dói ou incomoda. O que sangra é uma saudade gritante, esta que começa se agigantar e criar raízes, aqui dentro. Janelas se acendem nos prédios vizinhos: as pessoas já chegam, se encontram e relaxam. Voltam. Eu...eu sou lembranças e uma voz de mulher que canta enquanto nina um bebê.  Sou a parte que me cabe de alguém que está partindo. E a certeza de que preciso aprender a me despedir. Então, perceber os aneis entrelaçados de vida gerada e amada. Reconheço em meu próprio gesto, um vislumbre de aceno amado,   lento e tímido. . Sou orações e minha história.  Entrelaçada à dela. Minha aliança, minha mãe. _________________________________ imagem : A.

______sobre dons

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E os dons que se aprende com o passar dos dias e das estações: como o de não se deixar esmaecer e reprimir e repartir e despetalar. São dons que nascem de nossa insanidade mais que provada, para que possamos vir a ser sãos. E por aí vai...o aprender que não se cansa de ser parceiro. É bom esse gosto na boca: parecido com o que não mata  a sede, porém a atiça mais e mais. Bom, o som das notas destemidas pelo ar: o mesmo da alegria de se saber eterno. E repito, em todos os sentidos, o prazer de ser parente de estrelas que, incandescentes, ainda fazem nascer flores nos muitos jardins do universo. E poder viajar em plena lucidez... _____________________________A. ________________imagem: sonja foos

_______em tempo

somos mesmo um gigante e eterno -pobre de nós- Haiti ____________A.